No dia 22 de janeiro, o novo coronavírus (Covid-19) estava concentrado apenas na China, com casos isolados em alguns países da Ásia, que ocorreram através da contaminação de pessoas que viajaram de avião ou navio. No entanto, o alastramento da Covid-19 não demorou muito. No dia 22 de fevereiro, portanto, um mês após os primeiros registrados na China, segundo a Universidade John Hopkins, eram mais 78,6 mil contaminados e mais de 2,5 mil mortos no mundo.

Dias depois, em 27 de fevereiro, foi registrado o primeiro caso de Covid-19 na América Latina, no Brasil, na cidade de São Paulo. Um mês após o primeiro caso, já eram mais 10 mil infectados e 170 mortes registradas em todos os países da região. O Brasil é país com o maior número de pessoas infectadas e com mortes registradas.

As medidas adotadas na região no enfrentamento ao novo coronavírus vão desde o fechamento de fronteiras até toque de recolher. Entre os países que mais aderiram às medidas de restrição social, estão Bolívia, Equador e Panamá. A América Latina superou mais de 90 mil casos de pessoas infectadas e 4,3 mil mortes confirmadas pelo novo coronavírus. A letalidade do vírus região está em 4,7%, de acordo com os dados da Universidade John Hopkins.

Extensão do novo coronavírus na América do Latina

Como cada país da América Latina está combatendo o novo coronavírus

Argentina

A Argentina foi o primeiro país a ter caso de morte na América Latina. O governo de Alberto Fernández anunciou que as aulas serão suspensas em todos os níveis por 14 dias. As autoridades argentinas vão monitorar os pessoas que voltaram de viagens de países em condição de risco e se estão cumprindo o auto-isolamento. O isolamento também foi estendido aos funcionários públicos e privados ao retornarem de áreas infectadas. Além dessas medidas, o governo suspendeu por 30 dias voos da Coreia do Sul, China, Europa, Estados Unidos, Japão e Irã. O governo também cancelou eventos que pudessem causar grandes aglomerações de pessoas e decretou quarentena total em todo o país.

Bolívia

A presidenta em exercício, Jeanine Áñez, suspendeu voos da Coreia do Sul, China, Europa e Itália. Outra restrição é o fechamento das fronteiras com Argentina, Brasil, Chile, PeruParaguai. O governo declarou situação de emergência nacional e suspendeu as aulas até o fim de março. Também foram cancelados eventos que pudessem reunir mais de mil pessoas. Milhares de policiais foram deslocados para os aeroportos e postos de fronteiras, que foram fechados na tentativa de barrar pessoas com novo coronavírus. As pessoas que voltarem do exterior devem informar o país em que estiveram e realizar juramento de responsabilidade sanitária para revelar sua verdadeira situação de saúde.

Brasil

O Brasil é o país da América Latina com o maior número de casos da região. Diversos estados decretaram suspensão das aulas em todos os níveis educacionais, assim como o cancelamento de eventos e o fechamento de cinemas, teatros, shoppings e outros locais de grande circulação de pessoas. O presidente Jair Bolsonaro decretou estado de calamidade pública até o fim do ano, sendo autorizado a descumprir as metas fiscais estabelecidas. O Brasil ainda fechou as fronteiras por 15 dias com a Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana, Guiana Francesa, Paraguai, PeruSuriname e Uruguai. A última medida anunciada para tentar conter o Covid-19 foi restringir a entrada de estrangeiros provenientes da Austrália, China, Coreira do Sul, Europa, JapãoMalalásia por 30 dias.

Colômbia

O presidente Iván Duque decretou estado de emergência no país até o final de março. O governo ainda decretou o fechamento da fronteira com a Venezuela, além de impedir o ingresso de estrangeiros da Ásia e Europa no país. Outras restrições tomadas por Duque foram quarentena por 19 dias, proibição do desembarque de cruzeiros e o cancelamento ou adiamento de eventos que possam reunir 500 pessoas.

Chile

O segundo país com o maior número de casos da América Latina decretou que as pessoas que chegam de países com um alto número de casos ficarão em quarentena por 14 dias. Também anunciou o cancelamento de eventos com mais de 500 pessoas e das aulas por 14 dias. As partidas de futebol serão realizadas sem presença de torcedores até abril. O Sebastián Piñera fechou suas fronteiras e decretou toque de recolher das 22h às 5h.

Equador

Lenín Moreno declarou situação de emergência de saúde no Equador. Passageiros que retornarem da China, Coreia do Sul, Espanha, França, Irã e Itália devem ficar isolados em suas casas por 14 dias. O governo suspendeu aulas e grandes eventos e proibiu a saída de álcool gel, mascarás e sabonetes do país. Além dessas medidas, Moreno decretou estado de exceção e toque de recolher entre as 21h às 5h.

México

O governo mexicano de Andrés Manuel López Obrador suspendeu as aulas até 20 de abril. Esportes serão realizados sem torcedores nos estádios. Outra medida tomada para conter o Covid-19 é uma triagem na chegada de passageiros de cruzeiros internacionais.

Paraguai

Mario Abdo Benítez suspendeu aulas e qualquer evento com grande número de pessoas envolvidas por duas semanas. A segunda medida tomada foi a suspensão da chegada e partida de voos para Europa até o fim de março. Outra restrição foi o fechamento da fronteira com o Brasil. E, por fim, o governo fixou os preços nos artigos de prevenção ao novo coronavírus como álcool gel, máscaras e luvas.

Peru

O presidente, Martín Vizcarra, declarou situação de emergência na área da saúde, bem como o isolamento de passageiros que chegarem Ásia Europa. O início do ano letivo escolares foi adiado para o fim de março. O Peru também fechou suas fronteiras.

Uruguai

O Uruguai foi o último país da América Latina a registrar casos do novo coronavírus. O governo de Luis Lacalle Pou decretou emergência sanitária após a confirmação dos primeiros casos. Uma das medidas foi a instauração de quarentena obrigatória de 14 dias para viajantes da Alemanha, China, Coreia do Sul, França, Irã, Itália, Japão e Singapura. Outra restrição anunciada foi a proibição do desembarque de passageiros e tripulantes de cruzeiros. E, por fim, o governo uruguaio fechou a fronteira total com a Argentina.

Venezuela

Nicolás Maduro instituiu que os restaurantes dos cruzeiros só oferecessem comida para viagem e a suspensão de atividades em discotecas e bares. As autoridades portuárias estão monitorando a temperatura dos viajantes de cruzeiros. O presidente cancelou a chegada de voos da EuropaColômbia, Panamá e República Dominicana. Maduro também decretou que o sistema de saúde está em estado emergência permanente.

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